na região

Estradas usadas para escoamento da safra não estão em boas condições

Eduardo Tesch

Foto: Renan Mattos

Após a abertura da colheita de soja no Estado, no último final de semana, em Tupanciretã, é hora de a produção ser escoada. Parte vai para silos e, na sua maioria, para o porto de Rio Grande, onde é exportada para a China e outros países. Segundo a Emater de Santa Maria, a expectativa é que sejam colhidos 3 milhões de toneladas de soja em 45 cidades da região.

Para escoar toda essa produção por rodovias é preciso ter estradas em boas condições. Mas não é o que acontece na Região Central. É o que atesta o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Santa Maria e Região Central, Renato Costa Junior.

- Há estradas muito precárias, que acabam por prejudicar o nosso trabalho. Algumas obras estão sendo realizadas, mas acaba atrapalhando bastante a própria circulação de veículos - diz.

A maior parte da produção de grãos do Estado é escoada pelas BRs 158 e 392, que cortam a Região Central. De Cruz Alta ao porto de Rio Grande, a viagem é de 480 quilômetros.

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Na semana que passou, o Diário percorreu trechos das duas rodovias que escoam grande parte da produção da região, incluindo Tupanciretã, que é o maior produtor de soja gaúcho. Praticamente toda a safra do município é escoada pela BR-158, passando por Santa Maria e seguindo pela BR-392. Mesmo com as frequentes obras de recuperação, o trecho entre Júlio de Castilhos e Itaara segue precário. Há buracos e desníveis no asfalto. Com o inverno e o grande fluxo de veículos pesados, a tendência é piorar ainda mais.

- As estradas não estão em seus piores anos, mas a faixa que sai do trevo de Tupanciretã até Santa Maria sempre foi mais complicada e segue a mesma coisa - diz o gerente geral da Cooperativa Agrícola Tupanciretã, Volfe Umberto Gobbato.

Na BR-392, a situação é pior a partir de São Sepé até Santana da Boa Vista. Há buracos, desníveis e falta sinalização. Transportando soja de São Pedro do Sul a Rio Grande com frequência, o caminhoneiro Ivo Brasil, 49 anos, reclama das condições de trabalho.

- Não são só as estradas, o frete também está complicado. É difícil trabalhar nessa situação. No Mato Grosso, as estradas estão melhores e pagam melhor pelo nosso frete - revela.

O QUE DIZ O DNIT
O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) informa que os serviços de manutenção e sinalização são realizados conforme a liberação de recursos por parte da União. Na BR-392, foi realizada a sinalização do trecho perto do acesso a Formigueiro. Os trabalhos devem prosseguir até Santa Maria. Na BR-158, desde a semana passada, é feita a recuperação do asfalto em alguns trechos.

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